Já estávamos de pé bem cedo para aproveitar bastante nosso último dia em Dublin. Decidimos dividir o dia da seguinte maneira: na parte da manhã faríamos um city-tour para poder conhecer o máximo de pontos turísticos possíveis e na parte da tarde visitaríamos a fábrica da cerveja Guiness.
Na verdade o city-tour que fizemos foi um walk-tour. E melhor: de graça! Estes tours são feitos normalmente por jovens universitários. Neste caso, a menina que nos guiou era espanhola e estava estudando em Dublin. É uma maneira excelente de conhecer a cidade e quem sabe fazer amizades! No final do tour quem quiser ajuda com o que achar que o tour valeu.
Passamos por vários pontos interessantes, mas vou citar os que mais me marcaram:
Palco de muitos acontecimentos marcantes, o Castelo de Dublin foi a residência oficial da Inglaterra em território irlandês. Em 1922, com a criação do estado livre da Irlanda, se tornou gabinete oficial do novo Governo. A Bedford Tower é a torre principal deste complexo, de onde, em 1907, foram roubadas as jóias da coroa irlandesa. Até hoje continuam desaparecidas.
O nome inglês da cidade deriva do nome irlandês Dubh Linn, que significa piscina escura. Contam os historiadores que, antigamente, foi ali que os vikings se estabeleceram, exatamente onde o Rio Dodder fez um grande lago de sujeira, antes de desembocar no Rio Liffey. Hoje em dia a área recebeu o tratamento digno que merecia, foi restaurada e deu lugar a um pequeno, mas belo parque. O tal Rio Dodder hoje não passa de um canal subterrâneo.
Esta catedral medieval é a mais antiga de Dublin. Em certa altura, um arcebispo mandou construir uma passagem que ligasse a catedral aos seus aposentos e, hoje em dia, é grande marca desta construção, que impressiona por sua arquitetura. Hoje em dia, neste aposento do arcebispo, funciona um museu chamado Dublinia.
Curiosidade: um gato perseguindo um rato foram encontrados dentro de um órgão da Catedral. Mumificados, estão expostos para quem quiser conhecer. Algo um tanto quanto diferente para ser visitado dentro de um espaço religioso, né?
Passar lá de dia não tem a mesma graça que a noite, mas foi legal para conhecer uma das histórias da famosa banda irlandesa U2. Diz a lenda que a banda, antes de ser famosa, se apresentava em bares do local e que, um deles, negou a participaçao do grupo. De pirraça, eles decidiram tocar em frente a esse bar, na rua mesmo. Ficou lotado e o dono do bar se arrependeu. Quando os convidou para entrar, o Bono disse que só entraria de novo naquele lugar quando fosse dele. Não deu outra, hoje o imóvel é dele e foi transformado num luxuoso hotel.
Muito próximo, em uma das esquinas da rua, é onde está exposta uma guitarra de bronze de um um famoso guitarrista irlandês, o Rory Gallagher.
Ainda na Temple Bar, voltamos no bar de mesmo nome para tomar uma cerveja.
Uma das mais famosas pontes que cruzam o rio Liffey, principal Rio de Dublin. É uma ponte exclusivamente de pedestre e foi construída em 1816. Também pode ser conhecida como Liffey Bridge. Foi reformada em 2001 para fortalecer sua estrutura, já que por ali passam mais de 30 mil pessoas por dia.
Simplesmente a mais antiga universidade de Dublin. Mas o que mais impressiona é o acervo de sua biblioteca, com mais de 4,5 milhões de exemplares, incluindo os famosos manuscritos de Kells, um livro iluminista escrito em Latim e ricamente ornado. Paga-se para entrar, mas dizem as más línguas que, se você for entrar 5 minutos antes da biblioteca fechar, não paga nada. Simplesmente porque o guarda sempre sai uns 10 minutos antes do horário. Deixa o patrão dele saber disso.
O St. Stephens Green é o maior parque georgiano de Dublin. Parque georgiano? Sim, um parque construído na época do rei George IV. É a mesma coisa que dizer que a casa tem estilo victoriano, ou seja, construída durante o reinado da Rainha Victoria. Dentro do parque existe uma estátua em homenagem ao Wolfe Tone, figura emblemática e um dos líderes da independência irlandesa. Diz a lenda que traz sorte tocar na parte genital desta estátua. Como não custa nada e aquilo é somente uma estátua, eu admito, toquei.
De lá, nos despedimos do grupo e fomos almoçar e nos preparar para a segunda parte do dia: a fábrica da Guiness.
[Continua]
As fotos são fantásticas e as histórias tb....Espero um dia ter essa oportunidade...Estou tentando, aos poucos, começar a rodar o mundo...Isso é muito bom....tem lugares lindos! =)
ResponderExcluirAdoreiii.... =)
Beijos
Paulinha